Ronaldinho Gaúcho, um dos maiores jogadores do futebol de todos os tempos, possui uma carreira repleta de vitórias audaciosas e polêmicas intrigantes. O jogador acumulou duas Bolas de Ouro com o Barcelona, uma Copa do Mundo em 2002 e milhões de fãs ao redor do mundo. Os seus feitos durante as categorias de base no Grêmio, clube que abandonou no início de 2001, despertaram a ira dos fãs que se sentiram frustrados ao serem deixados para trás.
Ronaldinho, originalmente chamado de Ronaldo no Tricolor, estreou no time profissional do Grêmio um ano após liderar o Brasil ao título mundial sub-17 em 1997. Em seus três anos de participação no Grêmio, Ronaldinho disputou 141 partidas, marcou 68 gols, e conquistou os títulos gaúcho e da Copa Sul, ambos em 1999.
Onde tudo começou – O Despertar de um Astro no Grêmio
Em 1988, um jovem Roberto Assis Moreira, irmão de Ronaldinho e seu futuro agente, pensava em trocar o Grêmio pelo Torino da Itália. No entanto, acabou por prever que sua irmão mais novo, com apenas sete anos na época, seria o verdadeiro talento da família. Roberto permaneceu em Porto Alegre após receber um aumento e uma nova casa do Grêmio, a fim de alimentar a ascensão de seu jovem irmão.
À medida que Ronaldinho crescia, provou ser uma joia na base do Grêmio. A primeira vez que o mundo vislumbrou seu potencial foi durante a Copa do Mundo Sub-17 de 1997 disputada no Egito. Ele ajudou o Brasil a ganhar o torneio, estabelecendo-se como um nome a ser reconhecido.
Ronaldinho conseguiu afirmar sua posição no Grêmio?
No início de 1998, Ronaldinho passou a integrar o time principal do Grêmio sob o comando de Sebastião Lazaroni. No entanto, foi em junho de 1999, durante o Gauchão que Ronaldinho deixou o mundo de queixo caído com sua obra de arte no futebol. Ele liderou o Grêmio a uma vitória épica e a conquista do título gaúcho para êxtase dos torcedores.
O ano 2000 prometia ser o ano de afirmação de Ronaldinho, no entanto, não foi bem o que aconteceu. Ronaldinho impulsionou o Grêmio até a final do Gauchão, no entanto, não conseguiu ultrapassar a equipa que Tite treinava, o Caxias.
O salto para o PSG e a amargura da traição
Os milhões da falida ISL turbinaram o Grêmio para entrar no Brasileirão em 2000, chamado Copa João Havelange na época. Mesmo perdendo para a sensação São Caetano na semifinal, Ronaldinho estava consagrado. O assédio ao jovem prodígio gremista intensificou-se e a diretoria recusou várias propostas de times europeus.
Impulsionado pela Lei Pelé que entrou em vigor em 2001, Ronaldinho e seu irmão e empresário Assis, conseguiram uma transferência direta para o Paris Saint-Germain sem o Grêmio receber um centavo. A atitude de Ronaldinho desencadeou a ira da torcida, que o rotulou de “mercenário” e “traidor”.
Apesar da turbulência, a marca Ronaldinho permanece inesquecível. Ele se firma como um dos maiores jogadores do futebol do mundo, mesmo com todo o tumulto fora do campo.
