O futebolista brasileiro Alexandre Pato, atualmente sem clube desde sua saída do São Paulo Futebol Clube, relembrou um dos episódios mais comentados de sua carreira profissional: a polêmica cobrança de pênalti perdida durante a partida contra o Grêmio, válida pela Copa do Brasil de 2013, quando defendia a camisa do Corinthians.
Naquela fatídica partida, em que a decretação do vencedor se deu nos pênaltis, Pato decidiu por uma “cavadinha”. Entretanto, o goleiro Dida, que defendia a meta gremista, conseguiu conter a cobrança, resultando na eliminação do Corinthians do torneio.
“Não fiz de sacanagem”, afirma Alexandre Pato
Em recente entrevista concedida ao Flow Sport Clube, Pato negou ter tido qualquer intenção de prejudicar o Corinthians com a maneira escolhida para a cobrança do pênalti. O jogador frisou que tinha a motivação de marcar um gol contra o Grêmio, dada a sua ligação histórica com o rival Internacional.
“O jogo foi no meio de semana. Em todos os dias anteriores eu treinei pênalti de cavadinha. Eu falava para Cássio, Danilo Fernandes e Walter: ‘Eu vou bater assim’. Eu sabia que o Dida era grande e ia se esticar, e a bola passaria. Na hora do pênalti, eu pensei: ‘Cara, vou bater do jeito que treinei. Se eu trocar, pode dar ruim’. Mas na hora que eu cavei, eu errei a força e a bola saiu fraca. Eu não bati de sacanagem. Era contra o Grêmio, cara. E eu tinha jogado no Inter, era uma oportunidade de fazer um gol lá no Rio Grande do Sul, eu nunca tinha marcado contra o Grêmio. Então, era uma baita oportunidade. Eu sei que a minha decisão causou tristeza e revolta, mas o que eu sempre falo é que eu não fiz de sacanagem”, comentou Pato.
Além do próprio pênalti, Pato também recordou a postura do técnico do Corinthians à época, Tite. De acordo com Pato, após a partida, Tite teria dado uma severa repreensão ao jogador no vestiário. Entretanto, o que deixou Pato descontente foi o fato do treinador ter mencionado o episódio em um livro lançado alguns anos mais tarde. “Ele errou. Lá, na hora, ele disse: ‘Tudo que vai ser falado aqui, vai ficar aqui’. Depois de anos, ele escreveu no livro dele”, afirmou o atacante.
